Se minha
história com Calico fosse virar um filme, ela provavelmente seria uma comédia.
Uma comédia quase romântica, aliás. Com um toquezinho de drama – bem pequeno mesmo.
Conheci o
Calico pela internet. Infelizmente não foi no chat da uol. Foi no facebook de
uma amiga de infância, a Thaís. Ela o encontrou, assim como a seu irmão, perto
de casa. Como protetora independente de animais, logo decidiu levar os filhotinhos
para casa. Lembro-me de ter lido algumas atualizações de status dela sobre
gatinhos ronronando serem uma delícia e sobre a alergia dela estar atacada, mas
nem dei muita moral, afinal ela tá sempre falando de animais. Algum tempo
depois, Thaís postou fotos dos dois irmãozinhos fazendo fofices. Isso, por sua
vez, me chamou atenção. Lá estava escrito que eles estavam para adoção. Já
fazia quase cinco anos que eu não tinha nenhum animal em casa e eu sempre amei
gatos. Tive quatro, se não contar os filhotes da minha gata (11). Meu
apartamento já tinha telas em todas as janelas (só tive que improvisar pra
arrumar um buraco na área de serviços). E eu estava apaixonada por aquela
orelhinhas negras e os olhinhos acinzentados que hoje se tornaram amarelos (é
possível ver nas fotos).