terça-feira, 31 de julho de 2012

Rápida consideração sobre o Rapex


O estupro tornou-se um problema endêmico na África do Sul, então uma técnica da área médica, chamada Sonette Ehlers desenvolveu um produto que imediatamente chamou a atenção nacional. Ehlers nunca se esqueceu de uma vítima de estrupo lhe dizendo, "Se ao menos eu tivesse dentes lá embaixo." Algum tempo depois, um homem chegou ao hospital no qual Ehlers trabalha com uma dor terrível, por conta do zipper que havia fechado sobre seu pênis. Ehlers misturou as duas imagens e desenvolveu um produto chamapo Rapex. O produto parece um tubo, com fisgas dentro. A mulher o coloca como um absorvente interno, através de um aplicador, e qualquer homem que tentar estuprar a mulher irá se rasgar com as fisgas e precisará ir a um hospital para remover o Rapex. Quando os críticos reclamaram que se tratava de uma punição medieval, Ehlers respondeu, "Uma punição medieval para uma atitude medieval."

Essa mensagem é recorrente nos blogs brasileiros, passando por épocas de extrema popularidade e depois desaparecendo quando deixa de ser "novidade". Recentemente ela voltou à tona mais uma vez e me senti obrigada a expor aqui uma breve reflexão sobre esse produto.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Resenha: História Fantástica do Brasil - Guerra dos Farrapos - 1º Conto: O terror dos teus inimigos


Como esse blog é totalmente aleatório e eu posto o que me dá na veneta, resolvi postar uma resenha que fiz do conto da Nikelen Witter na coletânea da Estronho. A razão desse conto em específico é que quero mostrar pra vocês a qualidade do que essa fofa escreve, afinal ela vai lançar seu primeiro romance no fim do ano (novembro) e é injusto que vocês nem saibam do que se trata, posto que é tão bom. O conto está disponível aqui, pois é a degustação da coletânea. Não deixem de ler.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A Caixa de Pandora




Prometeu, o Titã que roubou o fogo de Zeus para dá-lo aos homens, tinha um irmão chamado Epimeteu. Prometeu não se cansava de alertá-lo de que Zeus poderia voltar a querer se vingar.
– E que tenho eu com as birras de vocês? – disse Epimeteu.
– Idiota! – exclamou Prometeu. – Ele pode querer vingar-se em você, ou na humanidade!
Epimeteu deu de ombros, pois não era à toa que seu nome significava “percepção tardia”.
Enquanto isso, no Olimpo, já estava em marcha uma nova vingança de Zeus. O pai dos deuses mandara Hefestos confeccionar uma mulher biônica para enviar de presente aos irmãos rebeldes. Todos os deuses deram sua contribuição para tornar a criatura irresistível, razão pela qual ela se chamou Pandora, que quer dizer “bem-dotada” em grego. Zeus, na verdade, ficou tão encantado que, não fossem os olhares irados de sua esposa, a teria tomado para si. Depois, deu uma caixa para a jovem, para que ela a levasse de presente a Epimeteu, pois era para o irmão imprevidente que a beldade seria enviada.
Pandora, porém, sentiu-se meio confusa:
– Mas não sou eu o presente? Um presente levando outro?
– Não pense, menina – disse Zeus. – Faça o que eu disser e fará bem.
Zeus proibiu a garota de abrir a caixa com tanta veemência que conseguiu o que queria, que era deixá-la cheia de curiosidade. Ela partiu e, no mesmo dia, chegou à morada de Epimeteu, que delirou com o presente. Depois, ele a instalou no seu quarto, ocasião que ela aproveitou para ir ver o que a caixa continha. Porém, mal a abriu e uma coleção horrenda de criaturas escapou e se espalhou aos guinchos por todo o mundo. Eram elas: a Fome, a Guerra, a Doença, a Morte e um exército tão inumerável de flagelos que Pandora fechou a caixa outra vez, deixando presa no interior apenas a Esperança.
E este foi o último dos males, pois com a Esperança encerrada na caixa se tornaram intoleráveis todos os demais que a cólera de Zeus espalhara sobre a humanidade.

Via L&PM

terça-feira, 10 de julho de 2012

Então, Diana, o que é que um engenheiro químico faz mesmo?

Engenheiro Químico - a que será que se destina?
George Davis 1850-1907
Se houvesse algum tipo de pesquisa do IBGE que desse estatísticas sobre o conhecimento das pessoas a respeito do trabalho de um engenheiro químico sou capaz de apostar que teríamos algo perto de 98% de total desconhecimento do que faz esse profissional. Não digo isso para criticar ninguém, longe de mim. Eu mesma, quando prestei vestibular, sabia muito pouco sobre o que faria quando me formasse. O mesmo posso dizer dos meus calouros, da minha família... Mas como estudante do ramo, não posso deixar de fazer a minha parte pra mudar isso.

domingo, 8 de julho de 2012

CAROLINA? (ou A Vingança do Freguês)



(cena: segunda-feira tensa, voltando da universidade, freguesa é forçada a pagar quatro reais por uma hora num estacionamento privado porque não tem vaga na rua dos sebos. o objetivo era comprar um livro para presentear minha professora de espanhol na colação de grau do curso e o livro Anna Karenina, mas o que realmente se obteve foi muito exercício de paciência)

Round 1

freguesa: oi! (sorriso simpático) vocês tem Anna Karenina?
livreira: Ana CAROLINA?

(sim, em caps lock, a livreira gritou pra mim como se eu fosse meio bobinha)

freguesa: não, Anna Ka-re-ni-na.
livreira: Karenina?

(é válido lembrar que ela me olhou como se eu fosse um ET mascando chiclete)

freguesa (que já nem tinha certeza se era desse planeta o livro que procurava): isso.
livreira: vou olhar.

(livreira vai até o computador procurar o livro. não houve sucesso)

freguesa: e algum livro em espanhol, você tem? García Márquez, talvez?
livreira (já sem saco pros meus nomes extraterrestres): naquela estante ali.

(freguesa vai até lá e encontra livros didáticos de espanhol. caminha até a saída à francesa)

Round 2

freguesa: oi, vocês tem Anna Karenina?
livreiro (olhando pro computador, digita): Ana Carolina. É da Vanessa Não-sei-o-quê?
freguesa (suspira e soletra): A-n-n-a K-a-r-e-n-i-n-a.
livreiro: ah, não tem.
freguesa: e livro em espanhol?
livreiro: livro em espanhol? didático?
freguesa: muito obrigada.

(completa mentalmente: "por nada")

Round 3


freguesa: oi, vocês tem Anna Karenina?
livreiro: Ana Carolina?
freguesa: Anna Ka-re-ni-na.
livreiro: vou olhar.

(vão os dois até o computador)

livreiro: Karenina com K, né?
freguesa: uhum
livreiro: olha, não tem nenhum livro dessa autora no sistema.
freguesa (pedindo paciência dos céus): é o nome do livro, moço.
livreiro: ah, tá. nome esquisito, né? hehehehehehe nunca ouvi.

(também não tinha)

manual prático de bons modos em livrarias: Anna Karenina é um romance do russo Liev Tolstói publicado entre 1873 e 1877. Liev também escreveu Guerra e Paz.

Graças a Deus o 6º livreiro conhecia pelo menos García Márquez e eu consegui uma edição antiga de El Coronel no tiene quien le escriba. Quase fiquei com ele pra mim, confesso. Mas fui forte.

Esse post é uma homenagem às avessas a um blog que eu adoro: manual prático de bons modos em livrarias. Vale à pena conhecer e visitar, você certamente vai rir MUUUUUITO!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Minha primeira semana como voluntária

Como não canso de dizer por aí (meio aprovando, meio insatisfeita): minha universidade está em greve desde o início de junho. Os professores resolveram todos passar "um trabalho valendo a nota final" e eu terminei atoa em casa. Como de praxe, as primeiras duas semanas foram ótimas. Acordar, fazer nada, comer, fazer nada, dormir.  Mas aí vem o tédio e aquela necessidade de fazer alguma coisa. Num dia feliz, antes de ir na casa do namorado, resolvi passar numa escola municipal que tem aqui pertinho de casa, saber se eles estavam precisando de alguma coisa, nem que fosse recortar figuras pra educação infantil. Falei com a coordenadora pedagógica, que ficou muito contente. Falei que fazia engenharia química, por isso matemática era minha praia. Mas que meu hobby mesmo era ler. Combinamos que na segunda-feira eu iria até lá e começaria a ler para as crianças no intervalo do recreio.